A luta pela democracia, a revolta dos estudantes, o governo irredutível, a morte de vários líderes e o surgimento de tantos outros, fez de 1968 definitivamente um marco em vários setores da sociedade brasileira.
Reprimidos pela Ditadura Militar que assombrava o Brasil desde 1964, milhares de estudantes faziam manifestações e entravam em conflito com o Exército quase que diariamente, sendo a passeata liderada por Vladimir Palmeira a mais importante delas. Este manifesto aconteceu no dia 26 de junho na Cinelândia, e se tornou a imponente prova que evidenciou o descontentamento crescente com as ações repressivas do governo.
Os manifestantes reivindicavam a liberdade dos presos políticos e o fim da repressão, recebendo maciça adesão de intelectuais, artistas, padres, mães, cidadãos comuns, assim reunindo uma multidão que a fez entrar para a História como a "Passeata dos Cem Mil".
Durante o longo e duro processo da ditadura militar, a cultura, sem dúvida alguma, foi um dos setores mais atingidos. O exílio dos membros do movimento tropicalista, a peça “Roda Viva” de Chico Buarque que foi censurada pelo uso de cenas violentas e o uso extensivo de palavrões, foram marcos dessa época.
Face a toda essa turbulência e efervescência dos vários setores da sociedade este ano nunca foi esquecido, pelo contrário ficou na memória de muitos que o viveram com toda a intensidade, participando ativamente de todos os movimentos que clamavam por liberdade e pelo fim de uma era negra neste país.
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