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domingo, 15 de junho de 2008

O Adeus

Foi quando olhei pra ele que me lembrei de tudo que já havíamos passado. Tantos amores e amados. Tanta coisa. Ele me faz lembrar de dias maravilhosos. Ele me faz lembrar de maravilhas diárias.

Beijamos-nos como forma de cumprimento, e logo em seguida o beijo na testa que ele sempre me deu, me mostra que o afeto continua vivo. Diferente do amor que sempre nos prendeu. Agora só resta o afeto, e nada mais.

Nos olhamos fixamente. Já sabíamos que pela frente, viria muito mais do que um simples adeus. Sabíamos que tudo havia acabado. Naquele momento, toda a nossa vida junta, ironicamente, se separava.

Conversamos durante horas. Impressionantemente, a sintonia continuava ali. Concordávamos, afirmávamos e nos despedíamos.

Ele me deu uma flor, assim como no primeiro dia que nós fizemos amor. Um broto de rosa vermelha. “Para desabrochar junto com a nossa paixão”, ele me dizia todas as vezes que chegava com aquela surpresa. Dessa vez, era de despedida.

Assim como a história que pontuo agora, nosso amor também ganhou nova pontuação. Contrariando todas as nossas expectativas e doações, ganhou um infeliz ponto final. Pra sempre.

Olimpíadas de 1968: Recordes e Protestos

Enquanto o mundo vivia o caos de um dos anos mais conturbados da história, a chama da esperança de mais uma edição dos Jogos Olímpicos, era acesa.

A olimpíada de 1968, na Cidade do México, foi marcada pela grande altitude que atinge a cidade. O ar rarefeito favoreceu a um festival de recordes nas provas de atletismo, principalmente nas de curta distância. Em compensação, nas modalidades que exigiam resistência física, os atletas eram bastante prejudicados.

Nos 100m, pela primeira vez a marca dos 10 segundos foi superada. O americano Jin Hines, cravou 9,90s.

O americano Bob Beamon quebrou o recorde mundial do salto em distância, ao marcar, diante de 70 mil pessoas que o ovacionavam, oito metros e noventa centímetros, 53cm a mais do que o recorde mundial da época.

Já nas piscinas, um dos nadadores mais famosos do mundo, já começava a escrever seu nome na história. Mark Spitz, que nas olimpíadas de Munique (1972) se tornaria um mito ao quebrar sete recordes mundiais, começou a mostrar seu enorme talento ganhando duas medalhas de ouro.

Mas nem só de medalhas e quebra de recordes foi feita a olimpíada de 1968. Assim como no mundo inteiro, protestos foram feitos durante toda a 19ª edição dos jogos olímpicos, e até mesmo antes.

Dez dias antes do início dos jogos uma manifestação contra o governo foi reprimida com violência pela polícia mexicana e, dezenas de atletas foram mortos, aumentando a tensão para uma edição disputada num dos momentos mais turbulentos do mundo.

Nada que tirasse a beleza e o sentimento de esperança que se renova de 4 em 4 anos, quando mais uma edição dos Jogos Olímpicos se inicia.

Enquanto o mundo entrava em guerra por vários motivos, a paz se expressava através do esporte.

1968

A luta pela democracia, a revolta dos estudantes, o governo irredutível, a morte de vários líderes e o surgimento de tantos outros, fez de 1968 definitivamente um marco em vários setores da sociedade brasileira.

Reprimidos pela Ditadura Militar que assombrava o Brasil desde 1964, milhares de estudantes faziam manifestações e entravam em conflito com o Exército quase que diariamente, sendo a passeata liderada por Vladimir Palmeira a mais importante delas. Este manifesto aconteceu no dia 26 de junho na Cinelândia, e se tornou a imponente prova que evidenciou o descontentamento crescente com as ações repressivas do governo.

Os manifestantes reivindicavam a liberdade dos presos políticos e o fim da repressão, recebendo maciça adesão de intelectuais, artistas, padres, mães, cidadãos comuns, assim reunindo uma multidão que a fez entrar para a História como a "Passeata dos Cem Mil".

Durante o longo e duro processo da ditadura militar, a cultura, sem dúvida alguma, foi um dos setores mais atingidos. O exílio dos membros do movimento tropicalista, a peça “Roda Viva” de Chico Buarque que foi censurada pelo uso de cenas violentas e o uso extensivo de palavrões, foram marcos dessa época.

Face a toda essa turbulência e efervescência dos vários setores da sociedade este ano nunca foi esquecido, pelo contrário ficou na memória de muitos que o viveram com toda a intensidade, participando ativamente de todos os movimentos que clamavam por liberdade e pelo fim de uma era negra neste país.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Shattered Glass: O Preço de Uma Verdade


O jornalista Stephen Glass é um jovem e promissor redator. Ele trabalha na respeitada revista de atualidades, “The New Republic”.
Sempre trazendo matérias espetaculares, mas que ninguém tinha ouvido falar, Stephen conseguiu a simpatia e o respeito de seus colegas da redação. Se tornando assim, um dos mais requisitados jornalistas do país.

Em meados dos anos 90, em um de suas fabulosas matérias, Stephen desperta a curiosidade de um jornalista de um jornal online, o também jovem Adam Penenberg.
Intrigado, por não ter ouvido falar sobre tudo aquilo que Stephen havia citado em sua reportagem, Adam começa a investigar Stephen e chega a conclusão que nenhuma das pessoas citadas na matéria, são de fontes seguras. Ele tenta contato com algumas delas, mas nenhum responde.

Levando as suas desconfianças ao editor-chefe da “The New Republic”, Chuck Lane, os dois começam a investigar a matéria de Stephen. Depois de conferir várias vezes os dados, e até mesmo fazer uma visita com Stephen a um lugar citado em sua reportagem, Chuck confirma o que pensava: a matéria era falsa. Stephen Glass inventou tudo o que havia sido publicado.
Com o aumento da desconfiança, Chuck começa a investigar todas as matérias que Stephen já havia escrito, e chega a conclusão de que tudo foi inventado. Nunca, nada disso havia acontecido.

Em uma carta de desculpas, a “The New Republic” explica todo o acontecido aos seus leitores. Stephen perde o emprego e responde judicialmente por isso. E Chuck, além de conseguir o respeito de seus colegas da revista, consegue provar uma das histórias mais impressionantes do jornalismo mundial.

O jornalista deve publicar uma reportagem mesmo sabendo que ela pode prejudicar pessoas?

Independente de quem a notícia afetará, a obrigação do jornalista é sempre com a verdade e não quem ela irá prejudicar.

Antes de pensar em quem estará sendo prejudicado com a publicação dessa verdade, ele deve pensar no seu dever com o leitor. Se tal pessoa está envolvida com uma história que é de claro interesse público, o jornalista deve sempre levar essa verdade a sociedade, afinal é esse o seu trabalho: o de informar. Independente de quem está envolvido.

Se houver outros meios para que algumas pessoas não sejam prejudicadas, deve-se investigar e provavelmente levar em conta, mas se não, o que importa realmente é o compromisso com a verdade e com o leitor, antes de tudo.

Certas pessoas foram envolvidas e não cabe ao jornalista levar a “culpa” por isso.
Cabe a ele o dever de levar essa reportagem de maneira clara e objetiva para os meios de comunicação.