Foi quando olhei pra ele que me lembrei de tudo que já havíamos passado. Tantos amores e amados. Tanta coisa. Ele me faz lembrar de dias maravilhosos. Ele me faz lembrar de maravilhas diárias.
Beijamos-nos como forma de cumprimento, e logo em seguida o beijo na testa que ele sempre me deu, me mostra que o afeto continua vivo. Diferente do amor que sempre nos prendeu. Agora só resta o afeto, e nada mais.
Nos olhamos fixamente. Já sabíamos que pela frente, viria muito mais do que um simples adeus. Sabíamos que tudo havia acabado. Naquele momento, toda a nossa vida junta, ironicamente, se separava.
Conversamos durante horas. Impressionantemente, a sintonia continuava ali. Concordávamos, afirmávamos e nos despedíamos.
Ele me deu uma flor, assim como no primeiro dia que nós fizemos amor. Um broto de rosa vermelha. “Para desabrochar junto com a nossa paixão”, ele me dizia todas as vezes que chegava com aquela surpresa. Dessa vez, era de despedida.
Assim como a história que pontuo agora, nosso amor também ganhou nova pontuação. Contrariando todas as nossas expectativas e doações, ganhou um infeliz ponto final. Pra sempre.